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quinta-feira, 24 de julho de 2014

O que é uma bicicleta fixa?



Nos últimos anos, um grupo de ciclistas tem surgido nas metrópoles pedalando bikes que, à primeira vista, podem parecer convencionais, mas que, com um olhar mais apurado, são diferentes em muitos aspectos.
Elas parecem mais "clean" que as bikes que costumamos cruzar por aí, não possuem marcha e tradicionalmente, nem sistema de freios. Se você já viu uma assim, é bem provável que seja uma bicicleta fixa, também conhecida como "bicicleta com pinhão ou roda fixa"," fixed gear", ou simplesmente "fixies".
A principal diferença destas bikes, é que elas não possuem "roda livre", mecanismo que permite que a roda gire independente dos pedais. É a roda livre que permite que em uma descida, por exemplo, você pare de pedalar e a bicicleta continue rodando, o famoso "descer na banguela".


Bem, nas fixies utiliza-se a roda fixa, ou seja, os pedais giram o tempo todo junto com as rodas. Isso proporciona que você, por exemplo, pedale para trás. Por isso, essas bicicletas não possuem freios, pois o movimento dos pedais é responsável pela frenagem. Elas também não possuem sistema de marchas.
A bicicleta fixa proporciona maior controle para quem está pedalando, pois a velocidade e frenagem são controladas exclusivamente pelas pernas do ciclista.
Originalmente, essas bikes são utilizadas em pistas de ciclismo e culturalmente utilizadas por bike-couriers (mensageiros) em cidades como Nova York e Londres, por serem leves, ágeis e necessitarem de pouca manutenção. A partir daí, as fixies se espalharam contaminando ciclistas de Tóquio, Madri, Santiago, Varsóvia, Los Angeles e, mais recentemente, Pequim. E está ganhando espaço no Brasil!
Mas não é por que a bicicleta é simples que não pode ser estilosa. Muito pelo contrário! Os fixeiros capricham ao customizar suas bikes, ousam nas cores, nos detalhes e nos acessórios, tornando cada bike única!






Mas peraí! Se a bicicleta não tem marcha e você tem que pedalar o tempo todo, por que as pessoas usam esse tipo de bike?
É simples! Andar com uma fixie é a forma mais primitiva de pedalar, cria-se uma conexão muito forte entre o ciclista e a bicicleta. Todo o controle está no seu corpo. É como se bike e homem fossem uma coisa só.
Sem contar que quando você começa a usar uma bicicleta fixa, ingressa em um mundo direcionado ao assunto, que abrange moda, comportamento, esporte e muito mais. Existem grupos, encontros, eventos especialmente direcionados aos fixeiros. Mas isso é assunto para outro post!



Ficou curioso? Experimente! A maioria das bicicletas podem ser transformadas em fixas, desde MTB à Speed. Ou se preferir, existem fixas à venda no mercado.

Veja abaixo um vídeo que fala mais sobre as bicicletas fixas:



Boa sorte!

#GoBikers!



quarta-feira, 23 de julho de 2014

Você conhece o BIKETRIAL?


O Biketrial é um esporte de competição e apresentação em que o ciclista tem como objetivo vencer um circuito composto de vários obstáculos chamados de sessões.
Os obstáculos podem ser naturais, como pedras, troncos, rios, areia, limbo, ladeiras íngremes e escorregadias; Ou artificiais, formando um circuito indoor, como pallets, carretéis, barris, pneus de trator, vigas de madeira e caixotes.
O objetivo é vencer os obstáculos sem o ciclista apoiar os pés no chão. Em competições, um "pé no chão" é chamado de "dab" e dá um ponto de penalidade ao atleta. Se outra parte do corpo tocar um obstáculo, mais cinco pontos serão somados às penalidades e assim sucessivamente. Vence quem chegar ao final da prova com menor número de faltas cometidas.


Abaixo, algumas expressões do esporte para você se inteirar do assunto.

Expressões do Biketrial

- Hop ou Bob: Pulo. Independente da altura ou distância alcançada. 
- Back Side Hop: Manobra fundamental para a prática do Biketrial, onde o atleta pula com a bicicleta apenas na roda traseira, sem que a dianteira toque o chão. 
- Front Hop: Manobra acima executada somente sobre a roda dianteira. 
- Bunny Hop: "Salto do coelho". O atleta pega um pequeno embalo e pula com as duas rodas da bike ao mesmo tempo, sem o auxilio de rampa, para subir um obstáculos com entrada de 90º no qual ele pode apoiar o bash ring ( protetor que envolve a coroa da bicicleta) . O Record estabelecido é do espanhol Cesar Cañas que alcançou a incrível marca de 186 centímetros!
- Side Hop: O atleta para ao lado do obstáculo, mantém as duas rodas da bike no chão e depois salta ao mesmo tempo para cima e para o lado esticando ao máximo seu corpo para trás pois assim aproxima-se da bike e consequentemente sobe mais alto. 
- Huge Up: Variação do side hope onde o atleta primeiro salta na roda traseira (back side hop) para depois saltar para cima do obstáculo. 
- Hook Up : Manobra onde o atleta apoia primeiro a roda dianteira da bike para depois puxar a traseira. É uma das manobras mais utilizadas para subir obstáculos; de pequenos degraus à muros de mais de 190 centímetros de altura!
- Gap: Salto para frente. Utilizado para vencer um vão entre dois obstáculos, sem tocar o chão entre eles. 
- Drop: Salto para baixo. Utilizado para descer de obstáculos quadrados (90º). Em competições oficiais, compostas de obstáculos naturais, os drops são limitados a 2 metros de altura. Já em sessões artificiais ou competições não oficiais, não existem limites.



Saiba mais neste vídeo do Pedaleria, onde Edu Capivara, pentacampeão paulista e brasileiro de Biketrial fala sobre o esporte:



E este vídeo com uma compilação dos atletas Dani Comas e Cesar Cañas.



#GoBikers!

Fonte: www.pedal.com.br
         pedaleria.com

terça-feira, 22 de julho de 2014

Freios de bicicleta: Qual o ideal pra você?


Os freios são partes essenciais de uma bicicleta, por isso, merecem um post inteiramente dedicado à eles, para que você possa conhecer e escolher o melhor tipo para suas pedaladas.
Os diferentes tipos de freios, de modo geral são compostos por cabos, conduítes, alavancas, ou componentes hidráulicos, calipers e pastilhas. Uma boa frenagem está relacionada à qualidade destes componentes, à escolha do melhor tipo para o uso que se faz da bike e ao ajuste e manutenção correta.
Existem vários sistemas de freios no mercado e podemos dividi-los em dois grupos:

1. Freios para aro: param a bicicleta quando entram em contato com o aro das rodas. São os freios V-Brake, ferradura e o já quase extinto cantilever.

2. Freio de cubo: param a bicicleta ao diminuírem a velocidade  do cubo de roda. São os freios à disco e contra-pedal.

- Cantilever


Os freios Cantilever não são mais encontrados nas bicicletas modernas. Este desuso ocorreu por possuir regulagem mais trabalhosa e exigir mais força na frenagem. São mais comuns em bicicletas híbridas.
Possui um sistema bem simples: dois cabos de aço são ligados formando uma estrutura em Y, onde cada lado movimenta uma pastilha acionada por um manete no guidão.
São antecessores do V-Brake.

- Ferradura


Como o nome indica, possuem formato de ferradura. Os modelos mais simples possuem um único pivô, onde o cabo, acionado pelo manete, força o fechamento da pinça sobre o aro. Depois, pensando em melhorar a vantagem mecânica do freio, mudou-se o ponto de apoio das alavancas para mais próximo do aro, surgindo o freio ferradura de "puxada central".

- V-Brake


São a evolução do cantilever.
Funcionam da seguinte maneira: um cabo de aço que sai do manete aciona os dois braços que seguram as pastilhas de freio puxando um lado e empurrando o outro simultaneamente, encostando as pastilhas no aro, provocando a frenagem.
São bastante seguros, eficientes, possuem boa relação custo-benefício, manutenção e ajuste simples.
Para uma frenagem segura, devem estar bem instalados e ajustados e seus componentes devem estar em perfeitas condições.
Atualmente são bastante comuns em bicicletas, apesar da popularidade dos sistemas de freio à disco.

- V-Brake hidráulico


Esse tipo de freio foi moda a alguns anos, mas atualmente está em desuso. Eles são mais pesados que os freios V-Brake comuns, precisam de mais manutenção, possuem custo elevado e não apresentam grandes vantagens se comparados aos freios à disco. Porém, por serem de aro, possuem grande força e são muito utilizados em bicicletas para a prática de Bike Trial. A marca mais popular (e uma das únicas) é a alemã Magura.

- Contra pedal



Nos freios contra-pedal, as sapatas atuam em uma superfície no interior do cubo de roda e a frenagem se faz pedalando a bicicleta na direção contrária. A manutenção não é tão simples e se vê cada vez menos este tipo de freio em bicicletas, apesar de elas estarem presentes no mercado.

- Freio à disco


É considerado o mais eficiente atualmente.
É composto por rotores (discos) fixos no cubo, manetes, conduítes e pinças. A pinça do freio dianteiro é fixa na suspensão ou no garfo rígido e a do freio traseiro, no quadro. Essas pinças possuem pistões com a função de pressionar as pastilhas contra os discos provocando a frenagem.
Existem quatro tamanhos diferentes de rotores: 140mm, 160mm, 180mm e 200mm. Quanto maior o tamanho, mais eficiente é a frenagem. Porém, maior também é o peso que precisa girar com a roda, dificultando a aceleração.
Podem ser mecânicos ou hidráulicos. Os mecânicos funcionam através de cabos de aço. Necessitam de menor manutenção, porém não possuem a força e modulação dos hidráulicos que, atualmente, são considerados os "top de linha".
O freios hidráulicos permitem um grande controle e modulação de frenagem, são suaves, fortes e extremamente precisos. O sistema é todo hidráulico: A alavanca contém um reservatório com óleo, que passa através dos conduítes até as pinças e é usado para acionar as pastilhas. Necessitam de maior manutenção e possuem um custo mais elevado apesar de estarem se tornando cada vez mais comuns e baratos.


Vantagens:
- Não desgasta o aro
- Oferece tamanhos diferentes de rotores, que proporciona variação na frenagem, modulação e força, se adaptando à diversas situações.
- Fica no centro da roda, ficando menos exposto à lama e poeira, sendo mais eficiente em condições adversas.

Desvantagens:
- Necessita de maior manutenção
- Possuem custo mais elevado

Agora que já falamos sobre os tipos de freio existentes no mercado, qual o ideal pra você?

Bom, a popularidade dos freios à disco fizeram com que alguns modelos de bicicleta para passeio possuam o sistema, mas nem sempre este é necessário para o uso que se faz da bike.
A dica é: se você tem um tipo de sistema de freio e este não te dá problema, fique com ele. Se está dando problema, bicicletas de passeio rodam bem com freios cantilever ou V-brake. Se é para trilha, MTB ou DH, vale a pena investir e instalar um freio à disco. Lembre da importância do freio em uma pedalada e escolha marcas e modelos confiáveis.

#GoBikers!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mejor en Bici!

Rola em Buenos Aires uma campanha bem bacana para incentivar o uso das bikes na cidade.
O programa se chama Mejor en Bici, começou em 2010 com três estações, 72 bicicletas e 100 viagens diárias. Segundo o governo, atualmente são cerca de 114 mil pessoas utilizando o serviço, 800 bicicletas, 32 estações e cerca de 100 km de ciclovias.
E o mais legal são os cartazes de divulgação da campanha, criados por Ramiro Raposo e Fernando Sosa. São cinco trabalhos que mostram partes vitais do corpo em ilustrações simples, enfatizando os benefícios do uso da bicicleta na saúde.

Confira abaixo:






Saiba mais sobre a campanha em: http://www.mejorenbici.com/

#GoBikers!

domingo, 4 de maio de 2014

"Pedalando mundo a fora" - Londres por Luzjoara Bianco

Continuando a série "Pedalando mundo a fora", conversamos com a nossa amiga Luzjoara Bianco que mora em Londres há dois anos e meio. 

Confira:



1) Há quanto tempo você mora em Londres?

Eu moro em Londres há dois anos e meio e morei na Itália por cinco anos.

2) Com qual freqüência você costuma pedalar? 

Por volta de 2 vezes por semana. Na Itália pedalava mais, até 5 vezes por semana. 



3) Você costumava pedalar no Brasil? Com a mesma freqüência? Para você, qual seria a principal diferença entre pedalar no Brasil e na sua atual cidade: Londres?

Sim eu costumava pedalar no Brasil, de 3 a 5 vezes por semana. São Paulo e Londres são cidades grandes, o que dificulta com certeza a segurança do ciclista. 
São Paulo não tem ciclovias, as ciclovias de Londres são na linha do ônibus, o que particularmente me deixa insegura e desconfortável na hora de pedalar. Pedalar em Milão e muito mais seguro do que em Londres, mas isso somente porque o fluxo de carros é menor.


4) Há algum código a ser obedecido? 

Sim, na Europa tem muitas normas a serem seguidas, as principais exigências acredito que seriam as luzes, tanto traseira, quanto dianteira. Veja aqui as regras a serem obedecidas.

5) O que acha da qualidade das Ciclovias? (Manutenção, sinalização, fiscalização e orientação para os usuários, etc) 

Sim, acho que é bem sinalizado, a manutenção é constante e a fiscalização também.

6) Você acha que as ciclovias na sua cidade conectam bem os principais pontos da cidade? Ou são apenas trechos que não ligam nada a nada?

Acho que os trechos são ótimos, mas novamente, não há ciclovias, andamos na linha do ônibus, o que faz com que eu pense muito antes de pedalar aqui em Londres.



7) Os transportes coletivos permitem/ facilitam a entrada de bicicletas? Na sua cidade tem um fluxo grande de ciclistas? A cidade foi adaptada a essa demanda? (bicicletários, bike shops, ciclovias, etc) 

Sim, Londres respeita os ciclistas, você pode colocar a bike no metro entre as 9 e 5 da tarde, além disso o transporte aqui é muito bom.

8) O ciclista pode ser multado, caso não obedeça ao código? Há fiscalização constante? 

Não sei o valor da multa, mas sim eles multam se você estiver na calçada ou sem luz na bike. A bicicleta é considerada um veículo, portanto deve andar junto com os veículos motorizados. Eu já fui parada pela polícia por estar na calçada.



9) Como funciona o ciclismo para os turistas? É incentivado? É fácil? 

Para turistas é muito simples inclusive para quem não quer ter a própria bike (aqui também roubam bicicletas e bastante, inclusive roubaram a de um amigo recentemente). Todas as estações do metro possuem bike, você tem que colocar seu cartão na máquina e pagar, eles te passam um código e você retira a bike, tudo muito simples e não leva mais de 3 minutos.

10) Para você, qual a principal diferença entre pedalar em Londres e o Brasil?

Sinceramente não sei a diferença entre Londres e Brasil, pois faz alguns anos que estou fora e não sei como está o índice de evolução das ciclovias por ai. Aqui em Londres, talvez os motoristas tenham mais consciência e respeitem mais o ciclista, o fato de não gostar de pedalar entre carros é somente uma questão pessoal.


#Gobikers!

domingo, 20 de abril de 2014

"Pedalando mundo a fora" - Berlim por Bruno Pugliese


Após conversar com alguns amigos que moram fora do Brasil e utilizam a bicicleta como meio de transporte ou lazer, resolvemos entrevistá-los e compartilhar com vocês. Assim nasceu o projeto "Pedalando mundo a fora", que visa principalmente notar as diferenças relacionadas a urbanismo, infra-estrutura e cultura da bicicleta nos diversos países. Será que há grandes e absurdas diferenças? Vamos descobrir! 

O entrevistado da vez é o Bruno Pugliese, que mora a quatro anos em Berlim.

1) Há quanto tempo você mora em Berlin? Há 4 anos. 

2)Com qual freqüência você costuma pedalar? Geralmente 1 vez por semana. 

3) Você costumava pedalar no Brasil? Com a mesma freqüência? Para você, qual seria a principal diferença entre pedalar no Brasil e na sua atual cidade: Berlim? Eu pedalava bastante no Brasil, e quando me mudei para Berlim também pedalava todos os dias, até quando tive minha bicicleta roubada. Em Berlim o planejamento é muito melhor e não há comparação com SP, as ciclovias são bem abrangentes e funcionais, a topografia da cidade também ajuda por quase não haver subidas, sempre há um bicicletário para deixar a bike, e elas podem ser transportadas nos trens e metros. 


4) Há algum código a ser obedecido? Sim, ciclistas devem pedalar nas ciclovias, caso não haja, podem ocupar a faixa à direita das ruas e devem respeitar as mesmas regras de trânsito que qualquer outro veículo (dar preferência aos pedestres, parar no sinal vermelho, dar setas com as mãos se for virar à direita ou esquerda), além do uso obrigatório de dínamo na roda para armazenar energia cinética para acionar as lâmpadas traseiras e frontais à noite.

5) O que acha da qualidade das Ciclovias? (Manutenção, sinalização, fiscalização e orientação para os usuários, etc). A qualidade das ciclovias é excelente, somente em lugares onde as raízes das árvores vão crescendo e deformam a calçada é que atrapalha um pouco, mas no geral é nota 10. 

6) Você acha que as ciclovias na sua cidade conectam bem os principais pontos da cidade? Ou são apenas trechos que não ligam nada a nada? Os trechos são bem planejados, eu ia trabalhar todos os dias de bicicleta seguindo a ciclovia ou a ciclofaixa, elas são bem conectadas através da cidade. 

7) Os transportes coletivos permitem/ facilitam a entrada de bicicletas? Na sua cidade tem um fluxo grande de ciclistas? A cidade foi adaptada a essa demanda? (bicicletários, bike shops, ciclovias, etc). Sim, para transportar a bicicleta é preciso comprar dois tickets, um para você e um para sua bicicleta, e sempre há espaço para transportá-la. A cidade é bem adaptada para o grande número de bicicletas, realmente faz parte da cultura das pessoas ter a bicicleta como um meio de transporte.


8) O ciclista pode ser multado, caso não obedeça o código? Há fiscalização constante? O ciclista pode ser multado se não obedecer às regras, há blitz de fiscalização, eles verificam se as luzes estão funcionando, os freios também. Mas grande parte dos ciclistas não respeitam as regras e andam nas calçadas onde não há ciclovias, tomando lugar dos pedestres, não param no sinal vermelho quando os pedestres estão atravessando a rua, podendo causar acidentes, etc.

9) Como funciona o ciclismo para os turistas? É incentivado? É fácil? O ciclismo para os turistas é bastante fácil, sempre há uma Radladen (loja de bicicleta) por perto, os preços não são caros, é uma forma bastante agradável de conhecer a cidade pedalando.

10) Para você, qual a principal diferença entre pedalar em Berlim e o Brasil?A principal diferença entre Berlim e SP é a total falta de planejamento e adequação das vias públicas para com os ciclistas. Infelizmente em SP não há como ter a bicicleta como meio de transporte. Mas no restante do Brasil é diferente, nas cidades do litoral de SP e no Rio de Janeiro já há um planejamento bem melhor, é possível ir de um bairro ao outro pedalando ou percorrer a orla das praias de bike.


#gobikers!

sexta-feira, 21 de março de 2014

Dica de leitura: Vá de Bike - um guia radicalmente prático para você andar de bicicleta


Hoje vamos falar sobre um livro que caiu em nossas mãos e nos conquistou logo de cara: "Vá de Bike - um guia radicalmente prático para você andar de bicicleta" do autor Grant Petersen, fundador e dono da Rivendell Bicycle Works. 
Editado no Brasil pela Odisseia Editorial e lançado no final do ano passado, o livro está longe de ser parecido com outros títulos sobre bicicleta disponíveis no mercado. Nada de modelos de bicicletas únicos e raros e  linguagem técnica. Na verdade, é o contrário: Petersen desmistifica algumas pré-concepções que temos sobre o ciclismo, demonstrando por meio de suas próprias experiências que pedalar é algo fácil e prazeroso, e assim deve permanecer, lembrando uma brincadeira de criança. E tudo isso com uma linguagem simples, clara e divertida!
Com o seu conhecimento de mercado e, claro, de vida, o autor nos apresenta ao mundo do ciclismo profissional e amador, derrubando mitos e com um objetivo maior: simplificar o ato de andar de bicicleta, através de capítulos com títulos divertidos como "Pedale como uma fada, não como um boi", "Surpresa: tecidos não respiram" e "Eletrólitos para manés e muquiranas".
Afinal, você não precisa estar com uma roupa colada, em cores fluorescentes, ter uma bicicleta com marchas infinitas e sair paramentado como um astronauta para dar uma voltinha de bicicleta.
É claro que não concordamos com tudo que está neste livro, e nem é este o objetivo. A coisa é provocar o leitor para que este reflita sobre o ato de andar de bicicleta. Vale a leitura pela experiência do autor, a linguagem informal e divertida e pela ideia central do livro: Pedalar deve ser leve e prazeroso!


Boa leitura!

#gobikers!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Não perca o primeiro "Campeonato Carioca de Cargueiras"!


Marque na sua agenda: dia 1º maio deste ano, o Rio de Janeiro vai sediar a primeira corrida de entregadores em bicicleta da América Latina, o "Campeonato Carioca de Cargueiras".
A competição é inspirada nas Svajerlob dinamarquesas. Lá, o primeiro campeonato aconteceu em 1942, quando os entregadores organizaram a primeira corrida. O evento continuou com força até os anos 60, quando as vans de entrega se popularizaram. Em 2009, a ideia da corrida reapareceu em Copenhague e foi um sucesso total! Aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, chegaram a ocorrer algumas corridas populares de triciclos por volta dos anos 30, mas o evento acabou esquecido com o passar dos anos.







Copacabana foi o local escolhido para a realização da corrida. E não podia ser diferente: segundo dados da ONG Transporte Ativo, no bairro ocorrem até 11 mil entregas diárias feitas por bicicletas cargueiras!
Além de ser um evento irado, que contará com muita diversão nas ruas de Copacabana, a corrida tem como objetivo a inclusão social e valorização dessas pessoas que utilizam a bicicleta para prestação de serviços tão importantes para a cidade. Os entregadores, de forma geral, fazem parte da classe trabalhadora e são oriundos de bairros mais pobres, sendo subestimados e subvalorizados, ficando invisíveis na paisagem urbana, mesmo estando em todos os lugares.


O projeto para a realização do campeonato conseguiu arrecadar $ 3.980 no crowdfunding (financiamento coletivo) no site RocketHub.
Haverá premiação para os entregadores mais bem colocados, mas a vitória é de todos!

Veja o vídeo do projeto:


Animou? Quer saber mais? Clique aqui!

#gobikers!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Quer viajar de bicicleta? Conheça o "A-Z Project"


Andar de bicicleta é maravilhoso, não é?
Imagina então pedalar conhecendo lugares novos, em cenários deslumbrantes. Seria um sonho, não é mesmo?
Principalmente para quem pedala em grandes cidades, em meio aos carros, poluição e insegurança.
Viajar de bicicleta pode ser a solução, é só ouvir as histórias de quem já se aventurou para se inspirar.
E foi baseado nessas experiências que surgiu o "A-Z Project" uma aba no blog "World Biking". É um espaço para que ciclistas da comunidade viajante escrevam sobre suas viagens em diversos países, com o objetivo de incentivar outros a descobrirem o que esse belo mundo tem a nos oferecer.
O site conta com belíssimas fotos, textos incentivadores e o contato de todos os ciclistas que postaram seus relatos. Assim, você poderá entrar em contato e pegar dicas para tornar sua viagem de bike ainda mais especial!






Animou?

#gobikers!


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Prepare sua bike para o pedal noturno!

Cada vez mais, seja por lazer ou necessidade, ciclistas saem para pedalar a noite.
É crescente o número de grupos que fazem pedaladas noturnas e pessoas que utilizam a bike como meio de transporte e precisam se locomover durante a noite.
Porém, pedalar a noite exige o dobro de cuidado e cautela. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 30% dos acidentes que envolvem ciclistas acontecem entre as 17h e as 20h, aquele momento de transição entre o dia e a noite, momento em que a visibilidade fica mais prejudicada.
Pensando nisso, resolvemos fazer este post, dando dicas para você preparar sua bike para tornar sua pedalada noturna mais segura.



1. Dobro de atenção!

A dica número um, como já dissemos, é ser cauteloso. A visibilidade reduzida exige o dobro de atenção com a via, trânsito e pedestres. Procure transitar por vias com menor fluxo de carros.

2. Seja visto!

Para quem pedala a noite, a iluminação é muito importante. Imagine que você está praticamente invisível para os outros veículos. Por isso, equipar sua bike com acessórios para iluminação é tão importante: para que você seja visto.
No Brasil, estes equipamentos não são previstos por lei, como são,  por exemplo, em alguns países da Europa, onde, para circular a noite, a bike deve estar equipada com faróis e o descumprimento da norma é passível de multa. Mas não é só porque não é obrigatório, que você vai deixar de adotar uma medida que aumente sua segurança, certo?
Na hora de equipar sua bike, escolha produtos de boa qualidade, que possuam luzes de segurança fortes, brilhem e pisquem bastante. Hoje em dia existem modelos no mercado para todos os gostos (LEDs, recarregáveis, que utilizem pilha ou bateria) e para todos os bolsos também.
Os modelos mais comuns são os LEds, geralmente discretos, fáceis de instalar no guidão ou selim da bicicleta, podem ser retirados da bike com facilidade quando você estaciona (evitando furtos) e costumam ser mais baratos, além de suprir a necessidade de fazer o ciclista ser visto.




Existem até opções de LEDs como os da Monkeylectric que podem ser fixos no aro da roda e até projetam desenhos quando você pedala! Tudo depende do seu gosto e do quão divertida pode ser sua iluminação!
Não se esqueça dos kits refletivos. Eles devem ser fixos no guidão, selim e rodas e auxiliam bastante refletindo a luz dos carros na bike tornando o ciclista visível. Além destes kits básicos para a bicicleta, vale a pena investir em coletes, pulseiras, tornozeleiras ou fitas refletivas que podem ser penduradas ou coladas na mochila, capacete, etc.Os refletivos podem salvar o ciclista se este tiver algum problema coma iluminação LED, como descarregar a bateria, por exemplo.




3. Veja!

Para pedalar a noite, não basta só ser visto. Você tem que ver também. E muito bem.
Por isso, é importante providenciar para sua bike um farol ou lanterna que possa iluminar seu caminho enquanto pedala. Este equipamento deixa o chão visível para que você não seja pego de surpresa por buracos ou outros obstáculos. Além disso, sinaliza a sua presença para veículos que transitam na mão oposta. Há diversos modelos disponíveis no mercado e a maioria é de fácil fixação no guidão ou parte superior do quadro e possuem engate rápido que permitem ser facilmente removidas evitando furtos quando a bicicleta está estacionada.. A altura da luz também deve ser ajustada, para evitar que ofusquem a visão dos motoristas facilitando a ocorrência de acidentes.



Para finalizar, se você nunca pedalou a noite, aproveite para experimentar. Pedalar em grupo é muito gostoso e existem diversos passeios organizados com diferentes distâncias e níveis de dificuldade. Com certeza você encontrará um grupo que seja a sua cara!
Se você mora em São Paulo, dá uma olhadinha na página mantida pelo Wadilson Oliveira, que tem a lista de passeios que rolam por aqui.
Está atrás de iluminação para sua bike? Veja nossas opções aqui!
Também estamos no Mercado Livre!


Bom pedal!

#gobikers!