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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Capital do ciclismo, Amsterdã enfrenta falta de vagas para bicicletas

Considerada a capital mundial das bicicletas, Amsterdã, na Holanda, sofre agora com a falta de espaço para guardar as bikes de seus moradores (Foto: Pavel Prokopchik/The New York Times)

Do New York Times

Por volta das 6h30 durante a semana, uma multidão de bicicletas, com um punhado de motonetas e pedestres, transborda das balsas que transportam ciclistas e outros passageiros, sem custo, para o outro lado do porto IJ (pronuncia-se "ai"), entupindo as ruas e causando congestionamento atrás da principal estação de trem de Amsterdã.


"Durante a tarde é ainda pior", lamentou Erwin Schoof, um metalúrgico na casa dos 20, que mora no centro da cidade, repleto de canais, e luta contra o caos diariamente para atravessá-la até seu trabalho. Willem van Heijningen, funcionário ferroviário responsável pelas bicicletas ao redor da estação, disse: "Não é uma zona de guerra, mas é a coisa mais próxima disso".


Esse fluxo entupido de ciclistas é apenas um de muitos, em uma cidade famosa por suas bicicletas, como Los Angeles é por seus carros ou Veneza por suas gôndolas.
Ciclistas jovens e idosos pedalam por faixas estreitas e junto aos canais. Mães e pais balançam as crianças pequenas em caixas de madeira espaçosas afixadas às bicicletas, levando-as de balsa para a escola ou para a creche.

Carpinteiros carregam ferramentas e material em engenhocas parecidas e os eletricistas, seus cabos. Poucos usam capacete. Cada vez mais, algumas pessoas dizem o que era simplesmente impensável alguns anos atrás: há bicicletas demais.


Muitos moradores de Amsterdã dizem que não é tanto o congestionamento que incomoda a maioria deles, mas sim o problema de onde estacionar as bicicletas uma vez que chegam ao destino, numa cidade com praticamente mais água do que superfícies pavimentadas.


Enquanto cidades como Nova York lutam para fazer com que as pessoas andem de bicicleta, Amsterdãtenta manter a tal horda sob controle. Em uma cidade com 800 mil habitantes, há 880 mil bicicletas, estima o governo – quatro vezes o número de carros.
Nos últimos 20 anos, as viagens de bicicleta cresceram 40%, de modo que agora, cerca de 32% de todas as viagens dentro da cidade são feitas de bicicleta, comparadas aos 22% das viagens de carro.



Ranking mundial


Aplaudindo a conquista, uma consultoria de planejamento urbano dinamarquesa, a Copenhagenize Design, que publica uma lista anual das 20 melhores cidades para se andar de bicicleta, colocou Amsterdã em primeiro lugar este ano, como ocorreu, várias vezes, no passado. A lista consiste, na maior parte, de cidades europeias, embora Tóquio, Nagoia, Rio de Janeiro e Montreal também estejam incluídas no ranking.


Muitos moradores de Amsterdã dizem que não é tanto o congestionamento que incomoda a maioria deles, mas sim o problema de onde estacionar as bicicletas uma vez que chegam ao destino, numa cidade com praticamente mais água do que superfícies pavimentadas.


"Dê só uma olhada nesse lugar!", disse Xem Smit, de 22 anos, que, durante o ano passado, lutou para manter a ordem em um estacionamento municipal para bicicletas no coração da cidade, sacudindo as mãos para bicicletas acorrentadas a postes, bancos, árvores e quase qualquer outro objeto fixo do outro lado de uma praça arborizada entre o mercado de ações e a grande loja de departamento De Bijenkorf.


"Eu ouço reclamações o tempo todo", disse Smit. "Não é bom para bicicletas – não!". Seu minúsculo estacionamento cercado tem, oficialmente, espaço para 140 bicicletas, mas ele rotineiramente abarrota mais algumas. "Meu recorde é 152", disse ele.


O problema de Smit é, em grande parte, o que mantém Thomas Koorn, do Departamento de Transporte e Trânsito de Amsterdã, acordado à noite. "Nós temos sérios problemas de estacionamento", disse ele na sala de reuniões observando o IJ. Nas próximas duas décadas, explicou Koorn, a cidade irá investir 135 milhões de dólares para melhorar a infraestrutura para as bicicletas, incluindo a criação de 38 mil estacionamentos "nos pontos mais populares".


"Nós não achamos que há uma crise; queremos manter o atrativo", Koorn disse. Ele fez uma pausa e então, completou: "Não dá para imaginar o que seria se esse congestionamento todo fosse de carros".



Há 880 mil bicicletas em Amsterdã quatro vezes mais que o número de carros e 80 mil unidades a mais que o total de habitantes. Nos últimos 20 anos, as viagens de bicicleta cresceram 40%, de modo que agora, cerca de 32% de todas as viagens dentro da cidade são feitas de bicicleta, comparadas aos 22% das viagens de carro.



Bicicletas per capita


Parte do problema, é que muitos moradores de Amsterdã não ficam satisfeitos com apenas uma bicicleta e, frequentemente, não ligam para onde deixaram as que têm. "Eu tenho três", disse Timo Klein, de 23 anos, estudante de economia, pegando uma delas do meio de um emaranhado de bicicletas na praça central Dam, algumas ainda usáveis, outras claramente destruídas.


"Se uma quebra, eu não preciso usar transporte público", como ônibus e bondes que, na visão da cidade, entopem as ruas e são mais lentos do que as bicicletas.
Com tantas bicicletas , um dos lobbies mais poderosos da cidade é o Fietsersbond, ou União dos Ciclistas, com seus 4 mil membros locais. Refletindo sobre porque os moradores de Amsterdã se interessam tanto por bicicletas, Michèl Post, funcionário da União, atribuiu o motivo à densidade do país.


"Nosso país é pequeno", disse Post, que pedala 11,3 quilômetros todos os dias para pegar um trem no centro de Amsterdã. "E o país todo é plano, e o clima não é extremo. Temos muita sorte."


.Enquanto as scooters barulhentas somam apenas 3% do trânsito, elas são responsáveis por 16% dos acidentes de trânsito. "A cidade não consegue lidar com isso", disse ele. "Nós precisamos de uma mudança."



Desafios pela frente



Ainda assim, mesmo os defensores das bicicletas como Post reconhecem que há desafios. Um é a recente proliferação das scooters, algumas das quais têm permissão para usar ciclovias, frequentemente causando acidentes.


Entretanto, o maior desafio é o estacionamento descontrolado das bicicletas, reconheceu Post. "Há bicicletas demais", disse ele. "Nas estações de trem, nos shoppings, nas áreas residenciais, em todo lugar há mais bicicletas do que lugar para estacioná-las."


"Quando você olha para as grandes praças na sexta à noite, o lugar está completamente coberto de bicicletas", continuou. "Há também a questão dos valores estéticos."
A estação principal da cidade, que celebrará seu aniversário de 125 anos no ano que vem, é um ponto focal do problema, e durante a década passada a Netherlands Railways criou mais de 10 mil estacionamentos para bicicleta.


Até 2020, estima-se que o número aumente para 17 mil, em parte, por conta da construção de uma garagem subterrânea de US$ 27 mil em frente ao enorme prédio de tijolinhos vermelhos. Uma década atrás, uma garagem de três andares projetada para comportar 2.500 bicicletas foi erguida; hoje, frequentemente, acomoda quase 3.500 delas.


"Se tornou uma atração turística", disse van Heijningen, funcionário ferroviário, que tem três bicicletas, e que pedala uma delas até o trabalho todo dia. "É o item mais fotografado de Amsterdã." Uma balsa em desuso foi colocada no IJ para acomodar mais de 400 bicicletas. Ainda assim, ele disse, a demanda é muito maior do que a oferta.


"Quando você olha para as grandes praças na sexta à noite, o lugar está completamente coberto de bicicletas"
Michèl Post, da União dos Ciclistas de Amsterdã


Uso sem limites


Passageiros gostam de largar suas bicicletas perto da estação antes de embarcarem no trem, muitas vezes apenas acorrentando-as a postes, em frente a entrada da estação, disse ele. Trabalhadores removem cerca de 100 dessas bicicletas todos os dias, quebrando as correntes com trava, disse Van Heijningen.


Ainda assim, ninguém sonha em limitar o uso das bicicletas. Na verdade, quando o renomado Rijksmuseum, a joia da coroa da cidade, reabriu em abril, depois de uma reforma de 10 anos e US$ 500 milhões, os lobistas de bicicleta celebraram uma vitória quando os guardas removeram as barreiras para uma ciclovia pelo centro do museu.


O diretor do museu, Wim Pijbes, procurou eliminar a ciclovia e colocar a entrada do museu no lugar, fazendo com que os ciclistas pedalassem ao redor do prédio para proteger os pedestres.



Capital holandesa precisa construir novos estacionamentos para bicicletas (Foto: Pavel Prokopchik/The New York Times)


No entanto, a União dos Ciclistas, apoiada por uma petição que mostrava um esmagador apoio popular, ganharam a batalha. "O lobby certamente ajudou", disse Koorn, responsável pelo transporte da cidade.


Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/07/capital-do-ciclismo-amsterda-enfrenta-falta-de-vagas-para-bicicletas.html


#GoBikers!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Bicicleta voadora!

Três empresas tchecas se uniram para desenvolver uma bicicleta elétrica que voa como um helicóptero.
O protótipo foi testado no dia 12 de junho e decolou com sucesso dentro de um salão de exposições em Praga, voando por cinco minutos através de controle remoto e pousando em segurança.
A tal bike voadora é parecida com uma mountain bike, pesa aproximadamente 95 quilos e possui duas hélices movidas à bateria na frente, duas nas costas e uma em cada um dos lados.
Um boneco foi a cobaia, e pelo jeito, um humano não voará tão cedo em duas rodas. Especialistas afirmam que seriam necessárias baterias muito mais poderosas.


Até mais! #gobikers!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Iniciando os trabalhos! Como escolher a primeira bicicleta?


Bom, para inaugurar este blog, nada mais justo que começar com um guia para ajudar ciclistas iniciantes a adquirirem sua primeira magrela e se apaixonarem pelo ciclismo!
Como escolher sua primeira bicicleta?
Não existe uma única resposta para esta pergunta, portanto, vamos colocar aqui algumas dicas importantes na hora de comprar sua primeira bike.

1. Tipo de Uso

Atualmente, existem inúmeros modelos de bicicletas que exibem uma melhor performance em diferentes formas de uso.
Se a intenção for andar pela cidade, lazer aos finais de semana, parques ou ciclofaixas, as bicicletas híbridas (urbanas) ou montain bike são boas opções.
Para quem anda exclusivamente em asfalto, os modelos Speed são interessantes pois aumentam o rendimento neste tipo de pista. Perdem um pouco no quesito conforto se comparadas com as híbridas e mountain bike, sendo indicadas para pessoas que percorrem grandes distâncias e desejam alcançar velocidade e alta performance. 
Para quem usa a bicicleta como meio de transporte (trabalho, estudo, etc) existem também as bicicletas dobráveis. Elas são práticas, leves e ocupam pouco espaço caso seja necessário transportá-las dentro do metrô, por exemplo.
Existem as bicicletas BMX, próprias para a prática do esporte de mesmo nome (Bicycle Moto Cross) e as mountian bikes com suspensão para quem quer fazer trilhas mais pesadas.
Claro que estas são sugestões simplificadas de bicicletas que exibem um melhor rendimento em determinados usos, mas acreditamos que a melhor bike é aquela com a qual você se sente bem, seguro e confortável.
Veja abaixo alguns dos tipos de bicicletas citadas acima:



2. Preços

O preço, assim como a qualidade, varia muito e este pode ser um fator essencial para a escolha da sua bike.
Desta forma, a dica aqui é equilibrar o quanto você pode investir e o uso que fará da bike, para assim buscar o melhor custo benefício. E lembre-se: Nem sempre a bicicleta mais cara é a melhor. A melhor bike para você é a que se adequa ao tipo de uso, à sua ergonomia e conforto. Mas é bom lembrar que bicicletas que possuem componentes de melhor qualidade duram mais e necessitam de menos manutenção.

3. Tamanho

Existe diversos tamanhos de bike e este deve ser adequado ao tamanho do ciclista.
Além do tamanho dos aros, o tamanho do quadro também é essencial para uma pedalada confortável, segura e saudável.
O tamanho ideal, associado ao modelo ideal aumenta a performance do ciclista, além de diminuir o risco de lesões por postura errada ou esforço desnecessário.
Veja uma tabela abaixo:


4. Onde comprar

Lugar de bike é na bicicletaria!
Atualmente, vários lugares vendem bikes: hipermercados, lojas de departamentos não especializadas, casas de esportes... Mas na nossa opinião, o melhor lugar para comprar sua magrela continua sendo as bicicletarias. Lá você encontrará profissionais capacitados e experientes para lhe auxiliar a fazer a melhor escolha. Uma maior diversidade de marcas, funcionários bem informados e à par das novidades do mercado, além de fornecerem uma montagem confiável e séria da sua bike.

Espero que essas dicas simples ajudem novos ciclistas nesse momento tão especial que é a compra da primeira bicicleta! E você, leitor do blog, que já pedala, indique este post para aquele amigo que está sem bike, ou que não sabe pedalar. Nunca é tarde para aprender e começar a fazer parte do maravilhoso mundo do pedal!

Até mais! #gobikers!


terça-feira, 9 de julho de 2013

Boas vindas ao mundo das magrelas!






Este blog nasceu da necessidade de expressar nossa paixão por algo que consideramos ser muito mais que um objeto: a bicicleta!

Há quem diga que é um meio de transporte, outros dizem que é um objeto de lazer, mas para nós, as bicicletas representam um estilo de vida.

Se você usa a bike para ir ao trabalho, para desfrutar horas de lazer, praticar esportes de aventura ou encarar competições, saiba que estamos aqui, trazendo informações importantes sobre a mobilidade urbana, sustentabilidade, eventos e novidades do mundo do ciclismo.


Seja bem vindo e faça parte desta idéia!

Nos ajude a criar um espaço interativo de trocas de experiências, idéias e sentimentos relacionados às magrelas!


Até mais, #gobikers!