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quinta-feira, 24 de julho de 2014

O que é uma bicicleta fixa?



Nos últimos anos, um grupo de ciclistas tem surgido nas metrópoles pedalando bikes que, à primeira vista, podem parecer convencionais, mas que, com um olhar mais apurado, são diferentes em muitos aspectos.
Elas parecem mais "clean" que as bikes que costumamos cruzar por aí, não possuem marcha e tradicionalmente, nem sistema de freios. Se você já viu uma assim, é bem provável que seja uma bicicleta fixa, também conhecida como "bicicleta com pinhão ou roda fixa"," fixed gear", ou simplesmente "fixies".
A principal diferença destas bikes, é que elas não possuem "roda livre", mecanismo que permite que a roda gire independente dos pedais. É a roda livre que permite que em uma descida, por exemplo, você pare de pedalar e a bicicleta continue rodando, o famoso "descer na banguela".


Bem, nas fixies utiliza-se a roda fixa, ou seja, os pedais giram o tempo todo junto com as rodas. Isso proporciona que você, por exemplo, pedale para trás. Por isso, essas bicicletas não possuem freios, pois o movimento dos pedais é responsável pela frenagem. Elas também não possuem sistema de marchas.
A bicicleta fixa proporciona maior controle para quem está pedalando, pois a velocidade e frenagem são controladas exclusivamente pelas pernas do ciclista.
Originalmente, essas bikes são utilizadas em pistas de ciclismo e culturalmente utilizadas por bike-couriers (mensageiros) em cidades como Nova York e Londres, por serem leves, ágeis e necessitarem de pouca manutenção. A partir daí, as fixies se espalharam contaminando ciclistas de Tóquio, Madri, Santiago, Varsóvia, Los Angeles e, mais recentemente, Pequim. E está ganhando espaço no Brasil!
Mas não é por que a bicicleta é simples que não pode ser estilosa. Muito pelo contrário! Os fixeiros capricham ao customizar suas bikes, ousam nas cores, nos detalhes e nos acessórios, tornando cada bike única!






Mas peraí! Se a bicicleta não tem marcha e você tem que pedalar o tempo todo, por que as pessoas usam esse tipo de bike?
É simples! Andar com uma fixie é a forma mais primitiva de pedalar, cria-se uma conexão muito forte entre o ciclista e a bicicleta. Todo o controle está no seu corpo. É como se bike e homem fossem uma coisa só.
Sem contar que quando você começa a usar uma bicicleta fixa, ingressa em um mundo direcionado ao assunto, que abrange moda, comportamento, esporte e muito mais. Existem grupos, encontros, eventos especialmente direcionados aos fixeiros. Mas isso é assunto para outro post!



Ficou curioso? Experimente! A maioria das bicicletas podem ser transformadas em fixas, desde MTB à Speed. Ou se preferir, existem fixas à venda no mercado.

Veja abaixo um vídeo que fala mais sobre as bicicletas fixas:



Boa sorte!

#GoBikers!



quarta-feira, 23 de julho de 2014

Você conhece o BIKETRIAL?


O Biketrial é um esporte de competição e apresentação em que o ciclista tem como objetivo vencer um circuito composto de vários obstáculos chamados de sessões.
Os obstáculos podem ser naturais, como pedras, troncos, rios, areia, limbo, ladeiras íngremes e escorregadias; Ou artificiais, formando um circuito indoor, como pallets, carretéis, barris, pneus de trator, vigas de madeira e caixotes.
O objetivo é vencer os obstáculos sem o ciclista apoiar os pés no chão. Em competições, um "pé no chão" é chamado de "dab" e dá um ponto de penalidade ao atleta. Se outra parte do corpo tocar um obstáculo, mais cinco pontos serão somados às penalidades e assim sucessivamente. Vence quem chegar ao final da prova com menor número de faltas cometidas.


Abaixo, algumas expressões do esporte para você se inteirar do assunto.

Expressões do Biketrial

- Hop ou Bob: Pulo. Independente da altura ou distância alcançada. 
- Back Side Hop: Manobra fundamental para a prática do Biketrial, onde o atleta pula com a bicicleta apenas na roda traseira, sem que a dianteira toque o chão. 
- Front Hop: Manobra acima executada somente sobre a roda dianteira. 
- Bunny Hop: "Salto do coelho". O atleta pega um pequeno embalo e pula com as duas rodas da bike ao mesmo tempo, sem o auxilio de rampa, para subir um obstáculos com entrada de 90º no qual ele pode apoiar o bash ring ( protetor que envolve a coroa da bicicleta) . O Record estabelecido é do espanhol Cesar Cañas que alcançou a incrível marca de 186 centímetros!
- Side Hop: O atleta para ao lado do obstáculo, mantém as duas rodas da bike no chão e depois salta ao mesmo tempo para cima e para o lado esticando ao máximo seu corpo para trás pois assim aproxima-se da bike e consequentemente sobe mais alto. 
- Huge Up: Variação do side hope onde o atleta primeiro salta na roda traseira (back side hop) para depois saltar para cima do obstáculo. 
- Hook Up : Manobra onde o atleta apoia primeiro a roda dianteira da bike para depois puxar a traseira. É uma das manobras mais utilizadas para subir obstáculos; de pequenos degraus à muros de mais de 190 centímetros de altura!
- Gap: Salto para frente. Utilizado para vencer um vão entre dois obstáculos, sem tocar o chão entre eles. 
- Drop: Salto para baixo. Utilizado para descer de obstáculos quadrados (90º). Em competições oficiais, compostas de obstáculos naturais, os drops são limitados a 2 metros de altura. Já em sessões artificiais ou competições não oficiais, não existem limites.



Saiba mais neste vídeo do Pedaleria, onde Edu Capivara, pentacampeão paulista e brasileiro de Biketrial fala sobre o esporte:



E este vídeo com uma compilação dos atletas Dani Comas e Cesar Cañas.



#GoBikers!

Fonte: www.pedal.com.br
         pedaleria.com

terça-feira, 22 de julho de 2014

Freios de bicicleta: Qual o ideal pra você?


Os freios são partes essenciais de uma bicicleta, por isso, merecem um post inteiramente dedicado à eles, para que você possa conhecer e escolher o melhor tipo para suas pedaladas.
Os diferentes tipos de freios, de modo geral são compostos por cabos, conduítes, alavancas, ou componentes hidráulicos, calipers e pastilhas. Uma boa frenagem está relacionada à qualidade destes componentes, à escolha do melhor tipo para o uso que se faz da bike e ao ajuste e manutenção correta.
Existem vários sistemas de freios no mercado e podemos dividi-los em dois grupos:

1. Freios para aro: param a bicicleta quando entram em contato com o aro das rodas. São os freios V-Brake, ferradura e o já quase extinto cantilever.

2. Freio de cubo: param a bicicleta ao diminuírem a velocidade  do cubo de roda. São os freios à disco e contra-pedal.

- Cantilever


Os freios Cantilever não são mais encontrados nas bicicletas modernas. Este desuso ocorreu por possuir regulagem mais trabalhosa e exigir mais força na frenagem. São mais comuns em bicicletas híbridas.
Possui um sistema bem simples: dois cabos de aço são ligados formando uma estrutura em Y, onde cada lado movimenta uma pastilha acionada por um manete no guidão.
São antecessores do V-Brake.

- Ferradura


Como o nome indica, possuem formato de ferradura. Os modelos mais simples possuem um único pivô, onde o cabo, acionado pelo manete, força o fechamento da pinça sobre o aro. Depois, pensando em melhorar a vantagem mecânica do freio, mudou-se o ponto de apoio das alavancas para mais próximo do aro, surgindo o freio ferradura de "puxada central".

- V-Brake


São a evolução do cantilever.
Funcionam da seguinte maneira: um cabo de aço que sai do manete aciona os dois braços que seguram as pastilhas de freio puxando um lado e empurrando o outro simultaneamente, encostando as pastilhas no aro, provocando a frenagem.
São bastante seguros, eficientes, possuem boa relação custo-benefício, manutenção e ajuste simples.
Para uma frenagem segura, devem estar bem instalados e ajustados e seus componentes devem estar em perfeitas condições.
Atualmente são bastante comuns em bicicletas, apesar da popularidade dos sistemas de freio à disco.

- V-Brake hidráulico


Esse tipo de freio foi moda a alguns anos, mas atualmente está em desuso. Eles são mais pesados que os freios V-Brake comuns, precisam de mais manutenção, possuem custo elevado e não apresentam grandes vantagens se comparados aos freios à disco. Porém, por serem de aro, possuem grande força e são muito utilizados em bicicletas para a prática de Bike Trial. A marca mais popular (e uma das únicas) é a alemã Magura.

- Contra pedal



Nos freios contra-pedal, as sapatas atuam em uma superfície no interior do cubo de roda e a frenagem se faz pedalando a bicicleta na direção contrária. A manutenção não é tão simples e se vê cada vez menos este tipo de freio em bicicletas, apesar de elas estarem presentes no mercado.

- Freio à disco


É considerado o mais eficiente atualmente.
É composto por rotores (discos) fixos no cubo, manetes, conduítes e pinças. A pinça do freio dianteiro é fixa na suspensão ou no garfo rígido e a do freio traseiro, no quadro. Essas pinças possuem pistões com a função de pressionar as pastilhas contra os discos provocando a frenagem.
Existem quatro tamanhos diferentes de rotores: 140mm, 160mm, 180mm e 200mm. Quanto maior o tamanho, mais eficiente é a frenagem. Porém, maior também é o peso que precisa girar com a roda, dificultando a aceleração.
Podem ser mecânicos ou hidráulicos. Os mecânicos funcionam através de cabos de aço. Necessitam de menor manutenção, porém não possuem a força e modulação dos hidráulicos que, atualmente, são considerados os "top de linha".
O freios hidráulicos permitem um grande controle e modulação de frenagem, são suaves, fortes e extremamente precisos. O sistema é todo hidráulico: A alavanca contém um reservatório com óleo, que passa através dos conduítes até as pinças e é usado para acionar as pastilhas. Necessitam de maior manutenção e possuem um custo mais elevado apesar de estarem se tornando cada vez mais comuns e baratos.


Vantagens:
- Não desgasta o aro
- Oferece tamanhos diferentes de rotores, que proporciona variação na frenagem, modulação e força, se adaptando à diversas situações.
- Fica no centro da roda, ficando menos exposto à lama e poeira, sendo mais eficiente em condições adversas.

Desvantagens:
- Necessita de maior manutenção
- Possuem custo mais elevado

Agora que já falamos sobre os tipos de freio existentes no mercado, qual o ideal pra você?

Bom, a popularidade dos freios à disco fizeram com que alguns modelos de bicicleta para passeio possuam o sistema, mas nem sempre este é necessário para o uso que se faz da bike.
A dica é: se você tem um tipo de sistema de freio e este não te dá problema, fique com ele. Se está dando problema, bicicletas de passeio rodam bem com freios cantilever ou V-brake. Se é para trilha, MTB ou DH, vale a pena investir e instalar um freio à disco. Lembre da importância do freio em uma pedalada e escolha marcas e modelos confiáveis.

#GoBikers!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mejor en Bici!

Rola em Buenos Aires uma campanha bem bacana para incentivar o uso das bikes na cidade.
O programa se chama Mejor en Bici, começou em 2010 com três estações, 72 bicicletas e 100 viagens diárias. Segundo o governo, atualmente são cerca de 114 mil pessoas utilizando o serviço, 800 bicicletas, 32 estações e cerca de 100 km de ciclovias.
E o mais legal são os cartazes de divulgação da campanha, criados por Ramiro Raposo e Fernando Sosa. São cinco trabalhos que mostram partes vitais do corpo em ilustrações simples, enfatizando os benefícios do uso da bicicleta na saúde.

Confira abaixo:






Saiba mais sobre a campanha em: http://www.mejorenbici.com/

#GoBikers!