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terça-feira, 22 de julho de 2014

Freios de bicicleta: Qual o ideal pra você?


Os freios são partes essenciais de uma bicicleta, por isso, merecem um post inteiramente dedicado à eles, para que você possa conhecer e escolher o melhor tipo para suas pedaladas.
Os diferentes tipos de freios, de modo geral são compostos por cabos, conduítes, alavancas, ou componentes hidráulicos, calipers e pastilhas. Uma boa frenagem está relacionada à qualidade destes componentes, à escolha do melhor tipo para o uso que se faz da bike e ao ajuste e manutenção correta.
Existem vários sistemas de freios no mercado e podemos dividi-los em dois grupos:

1. Freios para aro: param a bicicleta quando entram em contato com o aro das rodas. São os freios V-Brake, ferradura e o já quase extinto cantilever.

2. Freio de cubo: param a bicicleta ao diminuírem a velocidade  do cubo de roda. São os freios à disco e contra-pedal.

- Cantilever


Os freios Cantilever não são mais encontrados nas bicicletas modernas. Este desuso ocorreu por possuir regulagem mais trabalhosa e exigir mais força na frenagem. São mais comuns em bicicletas híbridas.
Possui um sistema bem simples: dois cabos de aço são ligados formando uma estrutura em Y, onde cada lado movimenta uma pastilha acionada por um manete no guidão.
São antecessores do V-Brake.

- Ferradura


Como o nome indica, possuem formato de ferradura. Os modelos mais simples possuem um único pivô, onde o cabo, acionado pelo manete, força o fechamento da pinça sobre o aro. Depois, pensando em melhorar a vantagem mecânica do freio, mudou-se o ponto de apoio das alavancas para mais próximo do aro, surgindo o freio ferradura de "puxada central".

- V-Brake


São a evolução do cantilever.
Funcionam da seguinte maneira: um cabo de aço que sai do manete aciona os dois braços que seguram as pastilhas de freio puxando um lado e empurrando o outro simultaneamente, encostando as pastilhas no aro, provocando a frenagem.
São bastante seguros, eficientes, possuem boa relação custo-benefício, manutenção e ajuste simples.
Para uma frenagem segura, devem estar bem instalados e ajustados e seus componentes devem estar em perfeitas condições.
Atualmente são bastante comuns em bicicletas, apesar da popularidade dos sistemas de freio à disco.

- V-Brake hidráulico


Esse tipo de freio foi moda a alguns anos, mas atualmente está em desuso. Eles são mais pesados que os freios V-Brake comuns, precisam de mais manutenção, possuem custo elevado e não apresentam grandes vantagens se comparados aos freios à disco. Porém, por serem de aro, possuem grande força e são muito utilizados em bicicletas para a prática de Bike Trial. A marca mais popular (e uma das únicas) é a alemã Magura.

- Contra pedal



Nos freios contra-pedal, as sapatas atuam em uma superfície no interior do cubo de roda e a frenagem se faz pedalando a bicicleta na direção contrária. A manutenção não é tão simples e se vê cada vez menos este tipo de freio em bicicletas, apesar de elas estarem presentes no mercado.

- Freio à disco


É considerado o mais eficiente atualmente.
É composto por rotores (discos) fixos no cubo, manetes, conduítes e pinças. A pinça do freio dianteiro é fixa na suspensão ou no garfo rígido e a do freio traseiro, no quadro. Essas pinças possuem pistões com a função de pressionar as pastilhas contra os discos provocando a frenagem.
Existem quatro tamanhos diferentes de rotores: 140mm, 160mm, 180mm e 200mm. Quanto maior o tamanho, mais eficiente é a frenagem. Porém, maior também é o peso que precisa girar com a roda, dificultando a aceleração.
Podem ser mecânicos ou hidráulicos. Os mecânicos funcionam através de cabos de aço. Necessitam de menor manutenção, porém não possuem a força e modulação dos hidráulicos que, atualmente, são considerados os "top de linha".
O freios hidráulicos permitem um grande controle e modulação de frenagem, são suaves, fortes e extremamente precisos. O sistema é todo hidráulico: A alavanca contém um reservatório com óleo, que passa através dos conduítes até as pinças e é usado para acionar as pastilhas. Necessitam de maior manutenção e possuem um custo mais elevado apesar de estarem se tornando cada vez mais comuns e baratos.


Vantagens:
- Não desgasta o aro
- Oferece tamanhos diferentes de rotores, que proporciona variação na frenagem, modulação e força, se adaptando à diversas situações.
- Fica no centro da roda, ficando menos exposto à lama e poeira, sendo mais eficiente em condições adversas.

Desvantagens:
- Necessita de maior manutenção
- Possuem custo mais elevado

Agora que já falamos sobre os tipos de freio existentes no mercado, qual o ideal pra você?

Bom, a popularidade dos freios à disco fizeram com que alguns modelos de bicicleta para passeio possuam o sistema, mas nem sempre este é necessário para o uso que se faz da bike.
A dica é: se você tem um tipo de sistema de freio e este não te dá problema, fique com ele. Se está dando problema, bicicletas de passeio rodam bem com freios cantilever ou V-brake. Se é para trilha, MTB ou DH, vale a pena investir e instalar um freio à disco. Lembre da importância do freio em uma pedalada e escolha marcas e modelos confiáveis.

#GoBikers!

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