Translate

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

No Dia Internacional do Deficiente Físico: um pouco sobre ciclismo paraolímpico!


Hoje é o Dia Internacional do Deficiente Físico, por isso resolvemos fazer um post especial sobre ciclismo paraolímpico.
Esta modalidade começou na década de 80, quando somente deficientes visuais competiam. A Paraolimpíada de Nova Iorque (1984) marcou por ser a primeira com atletas com paralisia cerebral, amputados e deficientes visuais. Em Seul (1988), o ciclismo de estrada entrou no programa oficial de disputas. A partir de Atlanta (1996), cada tipo de deficiência passou a ser avaliado de forma específica.
Em Sydney (2000), o handcycling (ciclismo com as mãos) teve suas primeiras provas de exibição.

Quase 10 anos depois, em 1992, o Brasil estreou nos Jogos Paralímpicos em Barcelona, com Rivaldo Gonçalves Martins. Dois anos depois, na Bélgica, o mesmo ciclista, amputado da perna com prótese, conquistou o título de campeão mundial na prova de contra-relógio. Daí em diante, o Brasil teve diversas conquistas na modalidade. Nos Jogos Parapan-Americanos de Mar del Plata, em 2003, o país trouxe duas medalhas de ouro com Rivaldo (contra-relógio e estrada) e uma prata com Roberto Carlos Silva (contra-relógio). No Parapan-Americano de Cali (Colômbia), em 2007, o brasileiro Soelito Ghor conquistou ouro nos 4 km da prova de perseguição individual.

Atualmente, portadores de paralisia cerebral, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes), de ambos os sexos, competem no ciclismo. Existem, basicamente, duas modalidades: individual ou em equipe. As regras seguem as da União Internacional de Ciclismo (UCI), mas com pequenas alterações relativas à segurança e classificação dos atletas. 
No Brasil, a modalidade é administrada organizada pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).



Classificações:

Existem diversos níveis de deficiência. Desta forma, os atletas são divididos em classes para que os jogos sejam mais justos e competitivos. Essas classes definem também o tipo de equipamento que cada ciclista compete: bicicleta, triciclo, tandem (bicicleta para duas pessoas) ou handbike (bicicleta pedalada com as mãos).
Há quatro classes de competição:

B – atletas com deficiência visual que competem em uma tandem com um piloto vidente na frente;

H1 a H4 – apenas para provas de estrada, essa classe contempla atletas com deficiência que afete suas pernas, competem usando uma handbike;

T1 a T2 – também existente apenas nas provas de estrada, contempla atletas com deficiência que afete o equilíbrio, que competem usando um triciclo;

C1 a C5 – atletas com com deficiência que afete pernas, braços e/ou tronco, mas que competem com uma bicicleta convencional (geralmente com adaptações).

Lembrando que nas classes H, T e C, quanto menor o número, maior o impacto da deficiência do atleta sobre a habilidade de pedalar.


Modalidades:

Basicamente é dividido em ciclismo de estrada e pista:

- Ciclismo de estrada
Os atletas usam capacetes com diferentes cores, representando sua categoria. Na corrida de estrada, todos os competidores largam juntos e o primeiro a cruzar a linha de chegada conquista o ouro. No contrarrelógio, os competidores saem a intervalos de 60 segundos e o ganhador é o ciclista com menor tempo no circuito.
No ciclismo de estrada, é necessário força e resistência e os vencedores são os que conseguem manter seu ritmo e posicionamento durante todo o percurso.

- Ciclismo de pista
Pode ser dividido em Perseguição (Pursuit), Sprint (individual e por equipes) e Contrarrelógio.
Sprint

O Sprint é uma competição com dois ciclistas por vez, em três voltas no velódromo de 250m. Os dois iniciam lado a lado e geralmente bem devagar, antes do sprint final. É uma disputa extremamente estratégica: os competidores tentam evitar ficar na dianteira durante toda a prova, pois quem está atrás se cansa menos aproveitando o vácuo e se preparando para dar tudo de si mais adiante. Por isso, a prova inicia em ritmo lento, com os competidores se estudando e usando toda a largura a pista.
O Sprint por equipes começa com uma rodada de qualificação,  com os dois melhores times avançando para a final e os times com terceiro e quarto melhores tempos indo para a semifinal. O Sprint por equipes misto (classes C1 a C5), com homens e mulheres, é disputado por times de três atletas.

Contrarrelógio
No Contrarrelógio, a distância é de 1km para os homens e 500m para as mulheres. Os atletas percorrem a pista sozinhos, um a um, e aquele que fizer o menor tempo conquista o ouro.

Perseguição
Na Perseguição, dois oponentes iniciam cada um em um lado do velódromo. O vencedor é o que conseguir alcançar o outro competidor, ou registrar o menor tempo total. A prova masculina tem 4km. A feminina, 3km.
Há uma rodada de qualificação, ao final da qual os dois atletas com os melhores tempos competirão pelo ouro e os ciclistas com terceiro e quarto melhores tempos disputarão o bronze.

Veja um vídeo que mostra um pouco sobre o ciclismo paraolímpico:



A #BikeLovers! homenageia todos os portadores de deficiência física (atletas ou não), que enfrentam desafios diários. Essa motivação e superação nos inspira a cada dia!

Fonte:
Vá de bike
Comitê Paraolímpico Brasileiro

#Gobikers!


Nenhum comentário:

Postar um comentário